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Alentar a vida

  • Foto do escritor: Bernardo Caprara
    Bernardo Caprara
  • há 3 dias
  • 1 min de leitura

Comecei no futevôlei já com 34 anos, em uma fase de intensas transformações na minha vida. Em pouco tempo percebi que iria me envolver com tudo que podia. Assim venho tentando levar a vida, em profundo envolvimento, compartilhando o que consigo ser e fazer, e deixando ao mundo o que sobreviverá de mim.


Gira, deixa a gira girar, e a vida nos mostra a cada respiro que a gente pode correr por aí, mas não pode fugir da gente mesmo. Em muitos momentos lamentei e me deixei levar por uma bola que errei, pela recepção ruim, a levantada meia boca e as outras insuficiências do meu jogo. Elas estão comigo, presentes em cada passo que percorro na quadra.


O tempo é rei e é rainha, e sem me iludir, sabendo que tudo está sempre por um segundo, vibro com cada bola que derrubo na quadra adversária. Na disposição para lutar, na força do meu ataque e na procura constante por entender os movimentos do jogo, busco firmar a minha completude. Mergulhado em batalhas diárias, atento aos detalhes, caminho com o coração, ainda que fácil não seja.


Nas chamas de uma era em que as subjetividades vagam entre narcisismos, mercadorias, algoritmos e fanatismos autoritários, escolho alentar a vida e pintar estrelas nas noites escuras. Com tudo que isso acarreta, as incertezas, os erros, os riscos, as virtudes, as dores e alegrias. Chame do que quiser, só não esqueça que a imagem que o espelho insiste em mostrar, ela é sua. Inevitavelmente sua.

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